#Dicas: Como
resolver 5 problemas que dão dor de cabeça ao motociclista
Motos podem ser muito amadas por
seus donos, mas há momentos em que este sentimento profundo pode sofrer abalos.
A seguir, uma lista de cinco problemas que acabam com o humor de qualquer
motociclista, que fazem repensar a relação, mas que podem ser minimizados ou
evitados. Saiba como:
1. Cabo da embreagem rompido
No passado, o episódio era bem mais comum na vida de um motociclista.
Hoje o material usado nos cabos da embreagem melhorou,
mas, de fato, o que está mais caprichado é o projeto das motos. O caminho que o
cabo faz da manete até o motor é menos tortuoso e, portanto, os esforços são
menores – são eles os maiores responsáveis pelo desgaste e consequente
rompimento, além da falta de lubrificação.
Como evitar o problema? Sensibilidade é a palavra. Perceber que a
alavanca de embreagem está ficando mais durinha é um indício de que o cabo (ou
o próprio sistema de embreagem) está com problemas. Lubrificar o cabo
frequentemente aumenta a sua vida útil. É uma manutenção
simples e que se faz aplicando o óleo na junção do cabo com a manete de
embreagem, tendo a paciência de ver o óleo escorrer até o fim e sua capa. Para
isso, quanto mais fino for o óleo, melhor, sendo os em spray os mais indicados.
Se mesmo lubrificado abundantemente o manete de embreagem continuar duro
é sinal de que o problema pode não ser no cabo. Ele pode estar esgarçado,
próximo do rompimento e precisando ser substituído. A despesa envolvida na
troca de um cabo de embreagem é pequena
e a mão de obra é simples na maioria das motos.
Alguns adeptos mais prevenidos da prática fora de estrada costumam colocar um cabo reserva,
fixado junto ao cabo em uso. Se um quebrar, o outro já está ali, pronto
para entrar em ação, bastando apenas encaixá-lo na manete e
na alavanca que fica no bloco do motor.

No entanto, se o cabo quebrar e não houver como consertá-lo, o problema
não é tão grave assim: o câmbio da sua moto suportará mudanças de marcha sem a
embreagem por um pequeno período de uso. O problema será a saída, e um recurso
que funciona (mais fácil em motos pequenas ou médias) é engatar uma marcha mais
longa, segunda ou terceira, por exemplo, e apertar o botão da partida elétrica,
ajudando a moto a se movimentar para frente com as pernas.
E nas motos maiores? Na maioria delas, a embreagem tem comando
hidráulico (sem cabo), ou seja, não há nada para quebrar.
2. Cabo do acelerador rompido
Se o cabo endureceu, fique atento e aposte na lubrificação. Porém, se
ele se romper – algo bem mais raro que a pane no cabo de embreagem –, não
haverá como seguir viagem. Nas motos
com carburador, um recurso é elevar a marcha lenta. A rotação mais alta
permitirá seguir em frente se não houver trechos muito íngremes. Para fazer
isso, basta saber qual é o parafuso de regulagem da marcha lenta. Geralmente,
ele está bem visível em todos os carburadores. Mas atenção: esse é um
expediente arriscado e só deve ser usado em situações de emergência, como para
sair de um local perigoso à margem de uma rodovia e alcançar um posto de
serviço ou oficina.
3. Pneu furado
A primeira providência é parar de rodar o quanto antes, assim que
perceber aperda de ar, tanto para evitar acidentes decorrentes da
menor maneabilidade que o pneu vazio causa, como para evitar estragos nele ou
na câmara de ar (se houver). Ao rodar vazias, as câmaras de ar estragam
facilmente. Um furo pode virar dois, três ou, pior que isso, um rasgo. E um
problema que seria possível consertar com um simples remendo pode dar “perda
total”, e exigir a troca do componente.
Se realmente não for possível parar de rodar imediatamente e fazer o
certo, que é desmontar a roda e levá-la ao conserto, o dano será menor se
houver menos peso sobre a moto. Portanto, desça dela e a empurre com o motor
ligado, caminhando ao lado. Fazer isso é realmente o último recurso, pois exige
razoável habilidade, e a chance de problemas é grande. Lembre-se que o uso
exagerado da embreagem a sobrecarrega e pode até “queimar” o componente. Além
disso, motores refrigerados a ar precisam de velocidade e de fluxo de ar para não “fritarem”. Importante: só
deixe o motor ligado em marcha lenta, com a embreagem sendo acionada
constantemente, por um curto período de tempo.
No caso de o pneu furado não
ter câmara, o esvaziamento é mais lento e, mesmo se ele murchar de vez, o dano
de rodar até o borracheiro será potencialmente menor do que em um pneu com câmara.
Mesmo assim, a velocidade deve sempre ser baixíssima.
Os sprays reparadores de pneus são ótima alternativa, e carregá-los em
viagens oferece tranquilidade, já que é sempre mais complicado achar um
borracheiro em rodovias. O problema desses sprays é que eles são eficientes
contra furos, seja em câmaras de aro ou em pneus sem câmara, mas, se houver
rasgo, ele não será capaz de vedar a fuga de ar.
4. Corrente quebrada
A qualidade das correntes de transmissão é, atualmente, muito boa. O
motociclista está seguro se usar as originais de fábrica ou de marcas
renomadas. Porém, o sistema de transmissão é
sujeito a desgaste, e a troca da relação (nome dado ao conjunto formado por
pinhão, corrente e coroa) deve ser
periódica. A dica mais importante é jamais optar por marcas “xing-ling”, pois,
além de durarem menos, oferecem riscos.
Estar bem no meio de uma ultrapassagem e a corrente quebrar é
ruim, mas pior do que isso é a corrente quebrar e enroscar na roda, travando-a
e levando você para o chão, ou ainda chicotear o cárter (recipiente que protege
o sistema) na quebra, rompendo o metal em torno do pinhão e fazendo você perder
seu motor. Sendo assim, olho vivo na transmissão.
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Um sinal evidente que a sua relação “já era” é quando a possibilidade de
regulagem da tensão chega ao final. Outra forma de verificar o fim da vida útil
do sistema é olhar para a coroa: se os dentes estiverem inclinados, estilobarbatana de tubarão, com as pontas afinadas, corra
para o mecânico. Um recurso da turma que faz trilha é levar sempre uma emenda
de corrente. As correntes da maioria das motos são seladas, sem emenda, mas se
por acaso você tiver uma emenda presa em algum lugar de sua moto, bastará usar
a pecinha para conseguir chegar até o mecânico e colocar uma corrente nova.
5. Chave perdida
Existe alguém no planeta que jamais perdeu uma chave, seja ela de casa,
do carro ou… da moto? Talvez sim, mas garanto que as pessoas que passaram por
um grande aperto por conta do sumiço de chaves jamais esquecerão a dor de cabeça que isso causa.
Antigamente, antes do advento das chaves codificadas com chip, a perda
de uma chave se resolvia com uma ligação direta, algo nem tão complexo assim de
se fazer. E a trava do guidão? Ora, quebrá-la nas motos mais antigas é quase
tão fácil quanto… fazer uma ligação direta!
Hoje, além das chaves eletrônicas, as travas também estão mais robustas
e assim, o que fazer? Simples: prenda uma chave reserva em alguma fresta
escondidinha de sua moto com um pedacinho de arame ou um “esgana-gato”. Caso
aconteça o mal maior, a perda da chave, a outra estará bem ali, naquele
cantinho que só você sabe onde é. Atenção: caso você use uma trava suplementar,
faça o mesmo com a chave do acessório, se não de nada adiantará ter a chave do
contato.
Fonte: Roberto Agresti- Especial para o G1
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