Vi esse material no
blog dos amigos Confraria dos Lobos, achei muito interessante.
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Guidão alto, estilo 'seca-sovaco', deixa braços esticados em demasia (Foto: Flavio Moraes / G1) |
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Guidão estreito pode alterar dirigibilidade da moto (Foto: Roberto Agresti/G1) |
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Alterações dos comandos também devem ser sutis (Foto: Roberto Agresti/G1) |
Peça é essencial
para uma condução segura. O segredo é não exagerar nas
alterações.
Gosto é como nariz,
certo? Cada um tem o seu. Esperta, a indústria da motocicleta procura atender a
cada um de nós de maneira quase que individual, criando motos de todo tipo e
para todos os gostos. Mesmo com essa grande variedade, há
quem queira algo mais – ou algo menos – e assim surgem as motos modificadas “ao
gosto do freguês”, cada vez mais frequentes na paisagem nacional.
Customização”
é a palavra aplicada para, geralmente, definir o que os donos de
Harley-Davidson e demais motos do estilo custom fazem com suas máquinas. A
regra é: quanto menos original, melhor. E assim, dá-lhe detalhes: um cromado
ali, um farolzinho acolá, e enquanto a coisa fica no nível do detalhe, tudo bem. Porém, quando as modificações atingem algo mais
que delicado posicionamento depilotagem, a coisa
pode complicar.
A regra é usar
o bom senso: um guidão altíssimo, no mais puro estilo “seca-sovaco”, pode comprometer a
manobrabilidade da moto de uma maneira prejudicial àsegurança. Do mesmo
modo um guidão estreito, curto e baixo, totalmente oposto, também. Assim, fique
esperto: motos são veículos que exigem domínio pleno e perfeito. Mesmo que você
a utilize apenas para passear tranquilamente e não pilote esportivamente, a
moto customizada deve continuar sendo 100% domável. Freios, embreagem e câmbio
precisam ser acessíveis e funcionais tal qual no modelo saído de fábrica.
Mas você não faz parte da tribo custom e sua realidade não é
desfilar de motocicleta. Na verdade, a moto para você é uma ferramenta de
transporte ou até mesmo de trabalho, e modificações mais do que atender
aspectos estéticos visam fins práticos. Neste caso, sua vida ao guidão se passa
boa parte do tempo rodando
pelo corredor entre os carros parados, um ambiente onde se sua moto fosse fina
como um pente ela seria mais do que perfeita: nada de esbarrões nos espelhos retrovisores alheios, zero confusão com os
enclausurados dos carros.
Para tornar isso
algo próximo da realidade, a tentação de entortar o guidão ou mudar o original
por um mais estreito é grande, e o mesmo ocorre com o posicionamento dos
espelhos retrovisores e das manetes de embreagem e freio
dianteiro. Inverter o lado dos espelhos é algo bem comum, assim como
reposicionara as manetes, inclinando-as para cima, porém....
use seu bom senso!
Um guidão estreito
demais certamente facilita passar em frestas, mas oferece uma alavanca menor,
alterando a dirigibilidade da moto de modo importante. Ou seja, não exagere.
Com relação aos espelhos retrovisores, trocá-los de lado pode
facilitar a vida entre os muros de carros, mas e quanto à visibilidade, função
primordial e importante desse acessório?
Equilibrar a
necessidade prática à exigências de segurança é básico. Já quanto a alterar o
ângulo das manetes de freio dianteiro e embreagem, virando-as para cima de
forma exagerada, esta é realmente uma péssima iniciativa: o que se ganha na
“navegação“ entre o mar de espelhos retrovisores dos carros se perde em segurança.
Alterar o
posicionamento destes comandos não é proibido, mas jamais de modo a ultrapassar
o ângulo que as deixa paralelas ao chão. Passar deste limite exigirá das mãos
um movimento antinatural, que prejudica não só o acionamento da alavanca (algo
grave no caso do freio dianteiro, especialmente) como também poderá, a longo prazo, causar um problema físico em suas
articulações e/ou tendões.
Enfim, como dito no
início, neste tema de modificações vale sempre o bom senso: não é pecado você
deixar sua moto com a “sua cara” e tampouco adequar os comandos à suas
preferências e gostos, variando quando possível o posicionamento e conformação
originais de guidão, manetes, pedaleiras e pedais. Mas não esqueça que,
antes de mais nada, vem a funcionalidade, que está diretamente associada ao
fundamental domínio pleno dos comandos e, consequentemente, com a sua
segurança.
Fonte: G1 - Roberto
Agresti.
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